Fundação Mokiti Okada tem na coordenação do Espaço Cultural Koguetsu-tei (casa de chá) a primeira mulher brasileira de ascendência não japonesa com a graduação máxima na Cerimônia do Chá no Brasil (chanoyu ou chado)

Carmen Luci Soka Conti Vieira tornou-se a primeira mulher de ascendência não japonesa no Brasil a receber o certificado de jun-kyoju pelo Centro de Chado Urasenke do Brasil. A cerimônia de outorga do título foi realizada no dia 24 de novembro de 2024, no Bunkyo - Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, no tradicional bairro da Liberdade, em São Paulo.

Soichi Hayashi, atual Mestre da Urasenke do Brasil, explica que o título de jun-kyoju é concedido àqueles que demonstram, não apenas conhecimento técnico, mas também um caráter exemplar, e qualidades como honestidade, gentileza, atenção e altruísmo.

No estudo do Chado não há avaliações formais, e as graduações são concedidas pelo mestre, à medida que observa o progresso do aluno com relação às habilidades técnicas, e a valores como respeito, sinceridade, pontualidade e organização. O verdadeiro aperfeiçoamento está no refinamento do caráter.

Carmen Luci iniciou a prática da Cerimônia do Chá (Chado) em 1999 e, ao longo dos anos, tem integrado os princípios dessa tradição - harmonia, respeito, pureza e tranquilidade - em sua vida cotidiana. Em 2018, recebeu o Chamei (título de professor) e nome de Soka, o que lhe permitiu iniciar o ensino de Chado. Além disso, atualmente, também é responsável pelo Espaço Cultural - Koguetsu-tei, sob gestão da Fundação Mokiti Okada, localizado no Solo Sagrado de Guarapiranga, em São Paulo.

Com sua experiência e dedicação, Carmen Luci Soka Conti Vieira se torna uma referência no Brasil, não só pelo seu desempenho técnico, mas também por seu exemplo de respeito e zelo pelos princípios da cerimônia do chá. A conquista de seu título é um marco para a Fundação Mokiti Okada e para a representação da cultura japonesa no país.