Fabiana Bomfim | 11/02/2022
Em de 1940, Mokiti Okada (1882-1955) idealizou o Kado Sanguetsu (Ka = Flor e Do = Caminho, San = Montanha e Guetsu = Lua) um estilo de Ikebana - arte floral japonesa milenar. Ele acreditava que o caminho da flor era essencial para a elevação da espiritualidade, tanto de quem ornamenta um arranjo, como de quem o aprecia.
Mokiti Okada ensinou que a arte da Ikebana, além de conectar a pessoa à natureza, é encantadora e acessível, tendo o poder de alegrar ambientes pela sua relação estreita com o Belo.
O conceito de Belo, para Mokiti Okada, é muito profundo, e não se refere apenas à beleza aparente, mas a beleza invisível que surge como consequência de ações, pensamentos e sentimentos originados pelo Bem. E que apreciar o Belo é fundamental para purificar e revigorar o espírito, uma vez que o ato de apreciar artes de alto nível, provoca sensações agradáveis e reflexões acerca de nós e de situações que nos cercam, favorecendo-nos com respostas e soluções que ansiamos.
O estilo Sanguetsu é uma fonte de inspiração inigualável, pois vai além da técnica, seus praticantes, à medida que exercitam esta arte, pela linguagem das flores, adquirem aprendizados para a sua vida pessoal que provocam verdadeiras mudanças. Eles passam a ter sentimentos mais nobres e atitudes mais polidas, resultando numa vida mais feliz e harmoniosa.
Oportunamente, todas as semanas, na Estação Liberdade do metrô de São Paulo, a Associação Ikebana do Brasil, expõe um arranjo de ikebana de suas escolas associadas.
Nesta semana, é a vez da Escola de Ikebana Sanguetsu.
A ornamentação feita pelas professoras Isaura Sayoko e Cecília Mayumi ficará exposta até o dia 14 de fevereiro.
Aprecie! Visite a Estação Liberdade e contemple o Belo!